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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Eduardo Spohr - Escritor Brasileiro


Escritor, jornalista, blogueiro e participante do NerdCast, o podcast do site Jovem Nerd. É autor do romance “A Batalha do Apocalipse” e atualmente ajuda a gerenciar o selo editorial NerdBooks, voltado à literatura fantástica. É, ainda, professor da faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, onde ministra o curso “Estrutura Literária – A Jornada do Herói no Cinema e na Literatura”.
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Fala dwauland dos livros: - A Batalha do Apocalipse
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“A Batalha do Apocalipse”

Expectativa é um problema e estraga qualquer bom filme ou livro. Como “A Batalha” ficou muito tempo fora do mercado (quase dois anos) é natural que cada um tenha a sua própria idéia sobre o romance.

Lembre-se de que uma obra nunca é exatamente igual à imagem que você idealizou. Pode ser melhor, pode ser pior... tudo vai depender do seu nível de expectativa.

Portanto, por mais que eu goste do livro, sempre aconselho as pessoas a iniciar a leitura com a cabeça aberta e sem preconceitos. Quanto mais neutro você for, mais chance terá de gostar.

MODO TOLKIEN “ON”

Como assim? Eu, querendo me comparar ao grande mestre J.R.R Tolkien? Claro que não! O que quero dizer é que existem dois tipos de livros - os romances de leitura rápida (“Harry Potter”, “Código Da Vinci”, etc) e aqueles mais densos, como “Senhor dos Anéis” e “Duna”, que devem ser digeridos de forma mais concentrada.


Miguel, Ablon, Lúcifer e Apollyon. Arte: Harald Stricker

Sinceramente, acho que os dois estilos têm seu lugar. Pessoalmente, adorei poder devorar “Código Da Vinci” em uma única viagem de avião, e também amei deglutir “O Senhor dos Anéis” lentamente, passando dois meses da minha vida envolvido naquele maravilhoso universo.

“A Batalha do Apocalipse” é um livro denso. Na verdade, ele nem é assim tão longo (560 páginas), mas há muitos personagens, descrições e conceitos. Por isso,eu o aconselho a apreciá-lo sem pressa. Se você quiser ler tudo numa tacada, é provável que perca o fôlego e deixe escapar muitos detalhes e subtramas interessantes.

QUESTÕES HUMANAS

Apesar dos personagens centrais de ABdA serem anjos e demônios, este é um livro sobre questões humanas – como, aliás, acho que todas as obras deveriam ser.

A batalha do Armagedon, propriamente dita, só acontece no final. Grande parte do livro se passa na Terra, e é uma viagem pela História humana.

Nota histórica - Compreenda que este é um livro de FANTASIA, e não um romance histórico. É claro que eu fiz uma pesquisa bem apurada sobre lugares e povos, masnão me prendi religiosamente aos fatos.

Thor nos quadrinhos: linguagem épica e rebuscada

Fantasia-gótica - E, falando em fantasia, repito que ABdA está muito mais próximo aos romances fantásticos do que aos mundos de horror-gótico habitados por zumbis e vampiros, como nas séries de Anne Rice, por exemplo (que, por sinal, adoro).

LINGUAGEM REBUSCADA?

Já na época da primeira tiragem, recebi críticas construtivas sobre o excesso de palavras e termos desconhecidos usados no texto.

De fato, muitos eram desnecessários, e foram cortados na nova versão. Outros eu mantive, por uma razão: acredito que isso ajuda a criar um clima épico, nos afastando um pouco da nossa realidade cotidiana e nos inserindo em uma realidade fantástica. Era essa a sensação que eu tinha ao ler os quadrinhos do Thor, cujos personagens eram mais prolixos em suas falas.

Alguns livros portugueses que "salvaram" a minha adolescência

Português de Portugal - Outra informação, de bastidores. Sempre fui vidrado em ficção-científica e fantasia. Na minha época, lá pelos idos dos anos 80, as livrarias não eram como hoje. Quase não havia títulos fantásticos e, como eu não lia em inglês, minha salvação estava nos livros portugueses. A livraria Malasartes, no Rio, importava exemplares pocket book de Lisboa, com coleções como “Battlestar Galactica” e “Dragonlance”.

Talvez o fato de eu passar toda a minha adolescência consumindo romances escritos em português de Portugal possa ter influenciado o meu estilo. Talvez não...

RITMO

“A Batalha do Apocalipse” é recortado por uma série de flashbacks. Alguns deles são curtos; outros, muito longos. A minha sugestão é que você leia esses fragmentos como se fossem obras separadas – justamente porque cada trecho tem umahistória própria, com começo, meio e fim.

Sentido de urgência - O flashback da Parte 2, em especial, é o mais longo. Nele, há uma quebra de ritmo se comparado à estrutura central do livro, do sentido de urgência observado na linha de tempo padrão. Isso é proposital e foi construído com um motivo, que será revelado na conclusão da história. Parodiando “Lost”: everything is connected”.

ACABEI DE LER, E AGORA?

Quando você terminar o romance, três coisas lógicas podem acontecer: você gostar, você não gostar ou achar regular. Em cada um dos casos, entendam o valor das suas opiniões, ainda mais hoje, na era dos blogs e das redes sociais.



Ablon. Arte de Andrés Ramos (o "Amigo Imagiário)

Aproveitem esta facilidade de comunicação que temos com a internet para me escrever, com críticas e sugestões.

Novos projetos - Se você não curtir o livro, saiba que muitos comentários feitos por quem leu a primeira tiragem me ajudaram a corrigir erros e melhorar a nova edição. Se você gostou e deseja ver novos projetos, envie sugestões.

Em todos os casos, espero sinceramente que apreciem a leitura. Esta obra foi feita para vocês e só retornou à NerdStore por conta do grande número de pedidos que recebemos.

Agora, o selo NerdBooks chega com a proposta de trazer mais títulos adequados ao nosso público. Desejem-nos sorte :-)

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